Não posso ser mais sincero quando digo que não sei porque o fizeste. Não tenho mesmo a mais pálida das ideias de modo a que o consiga justificar. Como foste capaz? Quero que me digas. Diz-me como é que foste capaz sua grandessíssima cabra de merda... Explica-me como tiveste a audácia de prostituíres sentimentos e relações de uma forma tão banal e vulgar. Como conseguiste tornar corriqueiro algo que tanto do sagrado se aproxima? É tudo tão surreal e retirado de um contexto que não existe em lado algum. O enredo e as personagens são nuvens de fumo cuja cor nem consigo discernir do nevoeiro denso que as envolve.
Sabes... Ninguém te merece. E tu não mereces ninguém também. De nenhuma maneira. E tu sabe-lo porque o sentes quando se crava bem fundo na tua pele. No teu cérebro. Principalmente no teu coração. Não jogas limpo e preferes andar por trás, qual animal medroso escondido e minimalescamente agachado atrás dos calcanhares de quem te tem num altar para assim poderes morder e pisar quando mais te apetece e quando menos te esperam. Porque nunca te esperam. Porque nunca conseguem ver. Porque nunca querem ver.
Jamais algo que eu possa ter ou não feito poderá servir de pré-pagamento para o recibo que me passaste. Só algo que exista somente no teu mundo. Nesse mundo de valores corrompidos e fúteis, onde o que interessa é a aparência e o objectivo a curto alcance. Onde a vista só enxerga aquilo que dá prazer no instante e que satisfaz os teus mais profundos impulsos decrépitos, incoerentes e sem nexo. Impulsos que vestes de morais, mas com roupas tão andrajosas que não chegam para cobrir o odor putrefacto que sob elas exala. Ages no momento como quem quer desesperadamente apreender algo ou alguém, com vista a prendê-lo a uma conversa de esquina que de pior e falso só tem menos que a alma que não tens. És a primeira pessoa a trair a tua própria pessoa que não existe. Porque não olhas para ti? Porque não falas de ti? Porque não assumes as tuas estórias? Porque não admites os teus pecados? Porque não os bradas aos céus? Porque não os bradas como fazes aos dos outros, mesmo que inventados por essa mente perversa e corrompida por sistemas desconectados de toda a ética? Porque não cantas a tua vida bem alto?
É tão mais fácil falar dos outros. Tão mais fácil não querer falar de ti. Porque aí terias tanto para falar. Porque aí talvez deixasses de ter alguém para te ouvir. Porque todos os erros que os outros cometeram, tu já os cometeste também. E cometeste-os mais vezes. E cometeste-os de uma maneira mais vil. E cometeste ainda aqueles que nem se ousam pronunciar. És um nojo. És pior que isso. És um castelo de cinza à espera de uma brisa que te sopre ao chão. Ou para lado nenhum. Um castelo que hoje só se deveria manter de pé colado pela saliva cuspida por todos aqueles que te deveriam desprezar do alto de onde os tentas, impacientemente, tirar.
Este é o meu Atlas.O meu Atlas Deus que carrega o meu mundo. O meu Atlas que sofre por sonhos. O meu Atlas que, mesmo sofrendo por vezes, é feliz por sonhar.
sexta-feira, agosto 28, 2009
quarta-feira, agosto 12, 2009
Revoltado
Revoltado. É isto que as pessoas me chamam. Revoltado... Julgam elas que tenho um pequeno vulcão dentro de mim a destilar constantemente veneno e ira. Que cospe sem parar uma vontade eterna de ser do contra. De ser diferente por necessidade. De embirrar com o mundo só porque sim. De me revoltar contra tudo e todos.
Eu chamo-lhe inconformado. Gosto de não me ficar com aquilo que não corresponde aos meus valores. Opto por ser honesto comigo próprio e lutar para atingir sempre aquilo que melhor se adequa a mim. Não me conformo com resultados negativos, opções erradas, posições desleixadas. Não aceito. Não tolero. Por isso luto, procuro, esforço-me, desgasto-me. Sei que posso pagar, por vezes, um preço bem alto. Posso pagar em pessoas, em relações. Em objectos também. Mas pelo menos sou fiel a mim próprio e à perfeição que tento atingir comigo mesmo.
Quem me conhece sabe que sou assim. Por vezes uma parede perante armas que me ferem de morte as minhas mais puras fundações. Mas pelo menos posso-me gabar de ter princípios próprios. Posso-me gabar de ter princípios que não são dos outros. Posso-me gabar de não ceder a pressões externas para os trucidar. Ao contrário de vocês que vão ao sabor da sociedade e daquilo que mais vos dá jeito quando vos apetece. Ou quando não vos apetece.
Podem-me chamar revoltado as vezes que quiserem. Ou coisas bem piores se acharem melhor. Independentemente disso, nunca vão chegar a ser tão íntegros como eu sou e sempre serei.
Eu chamo-lhe inconformado. Gosto de não me ficar com aquilo que não corresponde aos meus valores. Opto por ser honesto comigo próprio e lutar para atingir sempre aquilo que melhor se adequa a mim. Não me conformo com resultados negativos, opções erradas, posições desleixadas. Não aceito. Não tolero. Por isso luto, procuro, esforço-me, desgasto-me. Sei que posso pagar, por vezes, um preço bem alto. Posso pagar em pessoas, em relações. Em objectos também. Mas pelo menos sou fiel a mim próprio e à perfeição que tento atingir comigo mesmo.
Quem me conhece sabe que sou assim. Por vezes uma parede perante armas que me ferem de morte as minhas mais puras fundações. Mas pelo menos posso-me gabar de ter princípios próprios. Posso-me gabar de ter princípios que não são dos outros. Posso-me gabar de não ceder a pressões externas para os trucidar. Ao contrário de vocês que vão ao sabor da sociedade e daquilo que mais vos dá jeito quando vos apetece. Ou quando não vos apetece.
Podem-me chamar revoltado as vezes que quiserem. Ou coisas bem piores se acharem melhor. Independentemente disso, nunca vão chegar a ser tão íntegros como eu sou e sempre serei.
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