Este é o meu Atlas.O meu Atlas Deus que carrega o meu mundo. O meu Atlas que sofre por sonhos. O meu Atlas que, mesmo sofrendo por vezes, é feliz por sonhar.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Dizem que se chama plágio
Eu podia escrever sobre "o rio da minha aldeia". Mas já alguém antes de mim escreveu sobre isso.
domingo, janeiro 21, 2007
Livros
Sabe bem pegar num livro novo e começar a abri-lo à nossa maneira. A folhear cada pedaço de papel como nos apetece, a interpretar cada palavra de acordo com a nossa maneira de ser, a sonhar com a história que cada um deles contém. Histórias daquelas que não acabam, que percorrem livros com mais de 500 páginas e que ainda têm a capacidade de saltitar de volume em volume num caminho que se crê que vai sempre em frente.
Um livro deveria ser algo em que só se pega uma vez. Algo que só se larga porque a história chegou ao fim. E aí deveria ir para a prateleira. Para aquela mais alta, onde nunca mais ninguém lhe descansaria a vista em cima. Mas há sempre aquele dia em que, no meio de uma limpeza qualquer, se volta a encarar aquele objecto, já com a capa cheia de pó, com as páginas amarelas de tão velhas e dobradas e gastas de tão viradas. Se calhar é normal perder um pouco de tempo a voltar a olhá-lo, com alguma nostalgia, e reviver mentalmente tudo o que se viveu e sentiu quando se esteve no seu interior. Os pedaços de papel, as palavras e as histórias.
Há quem, arrebatado por essa nostalgia tão inconsciente e animal, se atreva a pegar naquele pedaço de passado e a voltar a lê-lo, mesmo que isso signifique largar um livro novinho que ainda há pouco se começara. E muitas vezes essa saudade dá somente lugar à desilusão por já se conhecer a velha trama de trás para a frente. De se saber como começa e, sobretudo, como acaba. Ou melhor, porque acaba. Descobre-se que aquele objecto já está completamente descoberto. Que não tem mais nada para descobrir. Está lido.
Tenta-se depois voltar ao livro novo, que com tanto cuidado se tinha tentado obter. Mas por capricho do livro, este muitas vezes deixa de abrir, ou se o faz, nunca mais vai contar a mesma história de antes.
Um livro deveria ser algo em que só se pega uma vez. Algo que só se larga porque a história chegou ao fim. E aí deveria ir para a prateleira. Para aquela mais alta, onde nunca mais ninguém lhe descansaria a vista em cima. Mas há sempre aquele dia em que, no meio de uma limpeza qualquer, se volta a encarar aquele objecto, já com a capa cheia de pó, com as páginas amarelas de tão velhas e dobradas e gastas de tão viradas. Se calhar é normal perder um pouco de tempo a voltar a olhá-lo, com alguma nostalgia, e reviver mentalmente tudo o que se viveu e sentiu quando se esteve no seu interior. Os pedaços de papel, as palavras e as histórias.
Há quem, arrebatado por essa nostalgia tão inconsciente e animal, se atreva a pegar naquele pedaço de passado e a voltar a lê-lo, mesmo que isso signifique largar um livro novinho que ainda há pouco se começara. E muitas vezes essa saudade dá somente lugar à desilusão por já se conhecer a velha trama de trás para a frente. De se saber como começa e, sobretudo, como acaba. Ou melhor, porque acaba. Descobre-se que aquele objecto já está completamente descoberto. Que não tem mais nada para descobrir. Está lido.
Tenta-se depois voltar ao livro novo, que com tanto cuidado se tinha tentado obter. Mas por capricho do livro, este muitas vezes deixa de abrir, ou se o faz, nunca mais vai contar a mesma história de antes.
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Cromossomas
A verdade é que te admiro. Principalmente essa tua capacidade despreocupada com que corres pelos teus caminhos. Apesar de me irritar esse teu "conformismo", invejo-te a articulação para te dares aos outros. De te rodeares por imensas pessoas que conseguem gostar de ti. A sério. Por seres tu.
Só tenho pena por não mostrares interesse por esse teu valor enorme. Que não cultives o carinho que os outros te dão ou que não te trates, a ti e a tudo o que fazes. Temo que vais cair ainda bastantes vezes. Espero que não muitas nem muito altas. Mas tens outra coisa que gostava de ter: um espírito de "sempre-em-pé".
Só tenho pena por não mostrares interesse por esse teu valor enorme. Que não cultives o carinho que os outros te dão ou que não te trates, a ti e a tudo o que fazes. Temo que vais cair ainda bastantes vezes. Espero que não muitas nem muito altas. Mas tens outra coisa que gostava de ter: um espírito de "sempre-em-pé".
terça-feira, janeiro 09, 2007
És assim
Cepticismo. É esse o maior dos teus problemas e dos teus defeitos. É esse o maior dos teus pecados. É essa tua necessidade de não acreditar nas pessoas... Porque é que o fazes, o continuas a fazer ou não o deixas para trás? Porque é que te permites a essa limitação, a essa corda, a essas correntes tão pesadas, dolorosas e incomodativas? Talvez não mereças quem tens, por mais forte que essa ligação possa ser. Talvez só te falte capacidade para dar valor ou de seres alguma coisa mais parecida com um ser humano.
Podes ter ou não culpa. Não interessa... És assim e não prestas por assim seres. Para ti e para os outros. Esse sofrimento arrastado, corrosivo e rancoroso chega a roçar o doentio... Mas porquê? Aceita as chaves que já te foram entregues no coração, para que possas abrir esse cadeado. É só rodar para a esquerda...
Podes ter ou não culpa. Não interessa... És assim e não prestas por assim seres. Para ti e para os outros. Esse sofrimento arrastado, corrosivo e rancoroso chega a roçar o doentio... Mas porquê? Aceita as chaves que já te foram entregues no coração, para que possas abrir esse cadeado. É só rodar para a esquerda...
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