quarta-feira, março 14, 2007

Comboio

Estou perdido e enganado. Vejo-me numa enorme estação de comboios, com um número incapaz de ser contado de carris a partir numa quantidade ainda maior de direcções. Olho para um placard e só consigo vislumbrar luzes vermelhas a acender e a apagar numa ordem síncrona que para mim é completamente desconexa. Não me resta outra escolha que não confiar no meu instinto. Fecho os olhos, rodo sobre mim mesmo e dirijo-me à primeira máquina que se me assoma. Entro na primeira carruagem que me acolhe. Sento-me no primeiro banco que me acena. De repente oiço o pesado fechar de sentença atrás de mim. E sigo caminho. Naquele comboio, naquela carruagem, naquele lugar.
Merda! MERDA, MERDA, MERDA!!! Enganei-me... Este não é o meu lugar. Esta não é a minha carruagem. E pior: este não é o meu comboio. Raios partam o meu instinto. Raios partam os meus sentimentos que tão estupidamente sempre falham. Agora viajo para um destino que desconheço... mas que não é meu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Então levanta-te sai na próxima paragem, senta-te no banco, espera k a hora chegue e apanha o teu comboio de regresso a casa...É assim k se faz kd nos esganamos...bj enorme*