Houve tempos em que me detestava. Em que me enojava a mim próprio. Rejeitava-me por os outros me rejeitarem. Por ser demasiado diferente... Hoje não. Aprendi (porque me ensinaram) a dar-me valor. Posso não ser bom. Mas sou eu. Sempre tive valores, gostos e ideias que vão contra as maiorias. E quando se é pequeno nem sempre é fácil enfrentá-las. Mentira. É sempre difícil... Mas hoje já não sou criança.
Sou portista ferrenho. De esquerda. Melhor, bloquista. Gosto de música clássica e dos oldies do início e meados do século passado. Detesto sair à noite e enfiar-me numa discoteca rodeado de "estrangeiros" do meu mundo. Pouco bebo e jamais meti um cigarro na boca. Gosto de história e arqueologia e se sustentassem uma vida, era esse o meu futuro. Abomino a praia, o verão e o calor. Delicio-me com o mau tempo, vendavais, chuva e trovoadas acompanhadas de relâmpagos. Que querem que faça? Sou assim! E sempre fui. E sempre serei. A diferença está em que hoje o mostro. Com naturalidade. Com gosto em mim próprio. Sei que há quem goste (poucos). Também sei que há muitos mais que não gostam. Há até os que detestam. Não me interessa.
Se há coisa que aprendi com a vida foi a ser eu mesmo e não o que os outros querem. A ser eu mesmo sem qualquer tipo de pressões... sem medo.
1 comentário:
Pessoas diferentes, que se assumem como sendo diferentes , com orgulho em serem diferentes, que fazem a diferença por serem naturalmente diferentes. São os mártires da sociedade de hoje...
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