segunda-feira, dezembro 10, 2007

Associação

Sopra. Um castelo de cartas que cai. Não aguenta. Um ás que voa. Um ás que não é da mesa e que sucumbe ao duque de trunfo. Um acaso. O ocaso da luz do jogo. A escuridão preta do fecho da diversão.

Silêncio. Quietude. Pureza. Caos!

Confusão extrema e simples. Trocas. Enganos. Anos de enganos. Tropeções e cambalhotas. Dor. Falta de jeito e hematomas. Sangue seco. Como a pólvora. Só fogo de vista. Ameaças sem concretização.

Palavras. Ideias. Vontades. Zero!

Nada. Submerge bem fundo no mar. Afoga-se. Falta o ar no meio do fogo que arde à superfície. Extingue-se. Roxo, azul, verde. Feio. Decrépito. Inconsequente. Parado como gelo de anos de emoções.

Solidariedade. Entrega. Preocupação. Mentira!

Gosto de ti. Quando me apetece. Agora não. Ontem? Não há amanhã depois de hoje. O tempo cessa. Cessa a chuva a meio caminho. Não se completa. Engana. Mas molha. Molhos de lágrimas. Secas e gastas.

Esperança. Crença. Alegria. Mortas!

Cruzes. Tesouros perdidos. Achados e roubados depois. Pois. Sem o que quer que seja. Despojado. Descapacitado. Desalentado. Sem força. Ido. Tremido e caído. Não dá mais para o peditório. Falido.

Dinheiro. Oportunidades. Relações. Utopias!

Imaginação. Fértil. Estrumada. De merda. Chão que já deu uvas. Vinho. Bebedeiras de sono. Esquecimento voluntário. Não querias? Recordação que já foi. Que nunca foi. Lógico que não será. O quê? Não interessa.

Estou triste.

1 comentário:

AR disse...

Gostei deste. Essas frases únicas. As do meio. Parecem flechas!