Acho que seria capaz de ser feliz sozinho. De viver o meu caminho sem companhia. Só comigo. A fazer aquilo que só eu gosto. Sem ter que justificar o que quer que seja, a quem quer que seja. Ser eu para mim próprio. Satisfazer tudo e somente o que eu quero.
Ah... como eu seria feliz! Tanto! Muito mesmo! A vontade com que às vezes anseio por esta solidão. Este deserto que me alimenta a alma vazia e o corpo sovado. Que imensa a raiva de não conseguir evaporar as amarras que teimam em me acorrentar, atar e prender a algo que ainda não atingi. A algo que talvez não tenha capacidade de atingir.
Mas vou tentar. Vou tentar dar-me uma oportunidade de viver com outros. Contigo e com eles. Só preciso de ter força para não desistir. Para não mudar de ideias. Só tenho que ser capaz. E vou sê-lo. Não me posso permitir o luxo de abandonar as janelas que quero abrir para mim. Isso não sou eu. Não sou assim. A minha felicidade talvez venha a ser mais difícil. Mas talvez venha a ser maior. E mais saborosa.
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