Sinto vontade de te retribuir o que me quiseste entregar. Aquilo que nunca chegaste a concretizar. Mas não o farei porque já não quero recebê-lo de ti. Nem tão pouco dá-lo de mim.
Pela primeira vez não me apetece escrever. Pela primeira vez não tenho nada para escrever. Pela primeira vez não vou escrever. Porquê? Para quê? Vou escrever sim. Sobre o que não sei. Mas sei sobre o que não vou escrever. Desta vez serei banal. Normal. Vulgar. Igual aos outros. Não haverá nada de especial. De transcendente. De diferente. Cada coisa no seu devido lugar. Nem acima, nem abaixo. Só no seu sítio. Finjamos então que é assim que tudo funciona. E ponhamos um sorriso parvo em todas as caras. Não é a vida um imenso teatro? Levantem a cortina que isto só já faz sentido num palco com uma plateia a aplaudir uma história que só pode existir na fantasia de uma peça. Dramática claro.
1 comentário:
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Às vezes dá vontade de fazer o mesmo. Até porque mesmo quando não pomos as coisas no sítio, quando não somos banais mas usamos coisas banais para falar nas transcendências da vida, muita gente leva à letra e não chega lá. E, certas vezes,como isso me irrita, entre outras coisas que muito me irritam e me fazem também pensar em não escrever ou escrever algo completamente normal, quase vazio de todos os sentidos que me preenchem.
Continua a escrever! :P
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