terça-feira, janeiro 10, 2006

Vergonha...

Se algum erro existe em qualquer lado que tu possas imaginar, esse erro és tu. Tu mesma. Só tu. Da tua boca, em vez das coisas bonitas que os outros sempre esperaram (mesmo antes de me esperarem a mim) só saem aberrações. Facas com mil gumes que se espetam directamente onde os beijos deviam atracar.
Não são os outros que estão mal. És tu. Não és tu que não consegues viver com os outros. São os outros que não conseguem viver contigo. Não és tu que anseias pela liberdade (que aliás sempre tiveste, demais). São os outros que se querem evadir da Alcatraz que te tornaste.
Há muita gente que daria a tua inteligência por bem empregue. Para fazer algo de útil. Para ser alguém. Tu usa-la para nada. Pior. Tu usa-la para magoar os outros. Para não seres ninguém. Hei! Já viste a ironia...: até a utilizar a tua inteligência consegues ser estúpida.
Juro que um dia, pelo menos eu, não irei aguentar mais qualquer texto, frase, palavra, sílaba, letra que saia da tua boca. Qualquer vestígio de ar que saia tão venenoso como a víbora em que te tornaste. E aí juro fechar a minha mão numa bola de ossos, tendões e músculos e atirá-la dez, cem, mil vezes directamente à tua cara. Bem no meio dela. Tantas vezes quantas as necessárias para perceberes a quão injusta és para todos. O quão não mereces nada do que alguma vez tiveste ou venhas a ter. Juro fechar a mão e enterrá-la bem fundo na cara que devias ter vergonha em mostrar. Enterrá-la até conseguir ver o teu nariz na nuca. Mas... Se calhar é melhor não fazer isto. Mereces pior, não mereces? Sabes o que te farei então? NADA. Simplesmente o vazio. Ignoro-te. Se há coisa pior no mundo é não significar nada para ninguém. Nem bom nem mau. É ser-se um zero. Isso sim merecias. Mas infelizmente não dá. Haverá sempre algo que nos será superior... E em relação a isso é que não podemos fazer mesmo nada.

4 comentários:

Anónimo disse...

Este texto, sim.Este gostei mesmo.Há aquio partes muito boas, para muito boa gente.A "raiva" com que escreves para esse alguém, transforma-se numa energia eléctrica,demasiado profunda para se tornar indiferente.Gostei mesmo!

Anónimo disse...

Nao imagino o que motiva uma dor tao violenta. realmente duro este texto. eu nao admiro a raiva.. mas, como o CB disse, nao se cosegue ser indiferente *bj

Anónimo disse...

O que escreveste tocou-me de um modo avassalador. As tuas palavras, conseguem ser o eco dos momentos que ás vezes trago dentro...identifiquei-me muito. Quantas vezes não sou quem cospe essas palavras, quantas vezes não me são a mim dirigidas (por mim, pelos outros)?
Sinceramente, e com toda a humildade, acho que tens muito talento.

Um beijo

Sónia

Anónimo disse...

Bem, pla terceira vez (será desta?) que tento comentar este post.. ja deu pa pensar e repensar, e cheagr akela conclusao de que akela musika tem muito que ver com o que escreves.
Mind da Gap fala dos "falsos amigos" onde "quem fala nas minhas costas, respeita-me a cara" e "quem é meu amigo eu reconheço e respeito, agradeço por tudo e guardo sempre no meu peito" ..eu diria que é uma outra xpressao de raiva que o post transmite. Sabes que eu nao sou apologista da "violência", mas concordo que a indiferença é mais cruel das armas. as xs nao dá.. porque nao.bj