quarta-feira, maio 27, 2009

Cereja

Há dias péssimos. Há outros menos bons. Há ainda aqueles que são banalíssimos. Mas felizmente há também aqueles a que podemos chamar de perfeitos.
Há dias em que nos levantamos a irradiar felicidade. Em que todo o mínimo gesto ou movimento que fazemos sai sempre conforme o planeado. Conseguimos ser felizes com os outros. Com alguns outros. Rimos e brincamos. Dispensamos por completo o trabalho e temos o prazer de gozar o dia inteiro na maior das despreocupações. Ainda bem que há dias assim. Dias em que, para além de tudo correr bem, podemo-nos ainda gabar de ter vencido algumas guerras bem pessoais. Aquelas guerras tão nossas e que se discutem ao pormenor. A nossa felicidade às vezes também passa pela desgraça e miséria dos outros. E não tenho medo de dizer que sabe bem. Sabe bem porque nós estamos bem. Mesmo que seja com o mal dos outros. E nestes dias perfeitos é óptimo ver e sentir que fomos capazes de estragar o dia a alguém que simplesmente já o andava a merecer há algum tempo. É a cereja no topo do bolo.

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