quinta-feira, junho 25, 2009

Free at last

Acabaram as longas noites de Domingo à espera que o trabalho estivesse feito em condições. Acabaram as longas sessões de sugestões, correcções, contra-sugestões e contra-correcções. Acabaram essas longas sessões cujos resultados eram por vezes nulos e que necessitavam de repetição de toda a sessão. Acabaram os trabalhos entregues às prestações. Acabaram as manhãs ansiando a última frase que haveria de chegar atrasada numa folha de papel solta. Acabaram os cuidados e descuidados para que tudo aparecesse feito. Acabaram as faltas de responsabilidade mal justificadas e tapadas pela competência de outros. Acabaram as horas extraordinárias, os porque "não me apetece" ou os "daqui a bocado". Acabaram os "ainda falta muito tempo". Acabaram-se as faltas de comunicação ou as más comunicações. Acabaram as longas listas de e-mails a chegar em catadupa à hora do fecho da editorial. Acabaram noites pouco dormidas por causa disso. Acabaram as desconversas e as poucas conversas. Acabaram as procuras de coerência para uma manta de retalhos. Acabaram, acabaram, acabaram.

Finalmente acabaram a merda dos trabalhos de grupo.

"Free at last, free at last, almighty Lord we are free at last!"

3 comentários:

Marco Aurélio Alves disse...

Por vezes não queremos, mas temos de ser um fio de coco que segura as personagens ou a fina linha que junta todos os retalhos de um fato que no fundo foi feito para a palhaçada... a vida não passa de uma palhaçada... restrinjamo-nos a isso!

Anónimo disse...

Não poderia concordar mais. É bom saber que não sou o único a pensar o mesmo. Mas temos que perceber que faz parte do nosso futuro o trabalho com os outros, temos que nos adaptar. Eles também.
Gostava que deixasses comentários mais frequentemente.
Obrigado

Cristina disse...

DEUS TE OIÇA!
Odeio trabalhos de grupo...
Bloqueiam-me a mente